Aparecimento da Escrita


Desde sempre que a comunicação se traduziu num elemento central no âmbito das relações humanas. A comunicação é uma necessidade do homem social, que enfrenta desafios e que através da sua forma de comunicar pode ultrapassa-los mais facilmente.
Figura 1- Escrita Cuneiforme SumériaO aparecimento da escrita (cerca de 3000 a.C.) veio por isso colmatar uma lacuna que existia na forma de comunicar dos homens. A escrita é um passo importante para o Homem na arte de comunicar. Na sua forma mais primitiva, é o elo de ligação entre os povos, pois transmite para a geração futura todo o conhecimento adquirido, fornecendo sabedoria aos seus sucessores, no caminho para a prosperidade. A introdução da escrita, enquanto sistema capaz de exprimir graficamente a linguagem, acelerou todo o processo de construção da cultura e de evolução das formas de sociabilidade.
Fazendo a ligação temporal da importância da descoberta da escrita, foi necessário torná-la móvel, daí o aparecimento do papel, elemento móvel e representativo da escrita e das figuras.
As primeiras mensagens eram transmitidas por estafetas, que percorriam muitas distâncias para levar a informação ao seu destino. Esta situação era por si só insegura, na medida em que os estafetas estavam constantemente sob perigo e as mensagens não chegavam muitas das vezes ao seu destino, ou chegavam adulteradas.
Para ultrapassar estes perigos, o homem começa a investir em formas de comunicação mais institucionalizadas e organizadas.
Em 1520, surge em Portugal, a primeira instituição organizada para o envio de mensagens escritas: “Correio Público”, actualmente denominada por CTT, Correios de Portugal, S.A. O aparecimento dos correios veio facilitar o intercâmbio de mensagens entre as pessoas, dos diversos estratos sociais. Desta forma, os correios aproximaram os indivíduos, contribuindo para a sua mais ampla sociabilização com outros, não necessitando de uma presença física para se comunicarem.
A escrita, que era a nova tecnologia da altura, trouxe o afastamento do corpo no processo de comunicação e socialização, uma vez que não era preciso a presença física para efectivar a comunicação. Este fenómeno permitiu ao Homem socializar-se com outros povos sem necessitar de estar face-a-face com eles. Para além disto, a escrita permitiu ao Homem guardar registos de acontecimentos sociais e outros, que possibilitaram aos seus vindouros a compreensão do passado.
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O Homem Primitivo

Para se perceber como foi a percurso no domínio das comunicações e o que isso implicou no processo e progresso das diversas linguagens e sociabilidades que suportam todo o desenvolvimento em sociedade, é necessário recuar ao passado.
O Homem Primitivo não falava, apenas grunhia sons monossilábicos, tinha gestos e comportamentos empíricos, acompanhados por sensações e reacções que eram compreendidos pelo grupo. Esta era a primeira forma de comunicar, pois o grupo entendia-se, mesmo sendo um pouco à semelhança de outros animais irracionais. O tempo foi importante para cimentar a parte cerebral, orgânica e cognitiva, fruto da sua postura, agora erecta (homo erethus). Essa verticalidade permitiu ao homem ver o mundo de outra forma, de cabeça levantada, desenvolvendo, desde cedo, faculdades racionais que lhe deram o impulso à sua nova necessidade de comunicar.
Assim, em zonas onde se agrupavam famílias e se constituíam aldeias, aumentava o relacionamento e a obrigatoriedade de se comunicar. Com a mobilidade dos povos, que se deslocavam sazonalmente, essencialmente por motivos de ordem de subsistência, o homem começou a cruzar-se com outros meios sociais, onde o desconhecido fez com que ele tivesse a necessidade de desenvolver novas formas de sociabilidade.
A Humanidade, desde sempre, procurou enviar as suas mensagens à distância, a distâncias que ultrapassassem os alcances da sua voz. Nesse sentido, enveredou a Humanidade pela transmissão de sinais de fumo e de ondas sonoras, através de pequenas nuvens criadas com as suas mãos ou através da percussão de tambores ou similares. As nuvens podendo ser avistadas no céu, bem como os sinais dos tambores permitiam que o receptor descodificasse a mensagem do emissor, apesar de estar numa posição longínqua.
Perante toda a sua experiência, absorvida pelas suas vivências quotidianas, o homem evolui para um patamar mais alto, tenta a representação gráfica dos seus pensamentos, dos seus medos, conquistas e admiração pela natureza em geral. Nesta altura, já é um homo sapiens, formado em toda a sua plenitude, que racionaliza os seus actos, calcula os seus pertences do negócio, etc.
Este mesmo passado pré-histórico remete para o princípio do símbolo, ou seja, aquilo a que comummente se designa por imagem simples, cujas manifestações mais significativas podem ser encontradas nas pinturas rupestres. Tudo começa então com o simbolismo, ou seja, a atribuição de um significado a algo.
Perante toda a sua experiência, absorvida pelas suas vivências quotidianas, o homem evolui para um patamar mais alto, tenta a representação gráfica dos seus pensamentos, dos seus medos, conquistas e admiração pela natureza em geral. Nesta altura, já é um homo sapiens, formado em toda a sua plenitude, que racionaliza os seus actos, calcula os seus pertences do negócio, etc.
Este mesmo passado pré-histórico remete para o princípio do símbolo, ou seja, aquilo a que comummente se designa por imagem simples, cujas manifestações mais significativas podem ser encontradas nas pinturas rupestres. Tudo começa então com o simbolismo, ou seja, a atribuição de um significado a algo.
É inegável a importância dos símbolos na elaboração da linguagem e a relevância desta na coesão dos grupos sociais. E é de supor que a transposição da palavra oral para a escrita tenha consistido, no fundo, na criação de um outro tipo de símbolo gráfico: o grafema.
Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em paredes e tectos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas sempre em lugares protegidos.
Este tipo de comunicação veio permitir que o Homem pudesse transmitir o seu conhecimento, sobretudo no que concerne a caças e utensílios utilizados, aos vindouros.
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Introdução

O Homem, desde os princípios da sua existência, manifestou o desejo de conquistar, de descobrir, de procurar novas formas de ir mais além, na árdua tarefa de conhecer o mundo que o rodeia e de ultrapassar as limitações inerentes ao vínculo que o liga ao espaço onde se circunscreve a sua experiência. As inovações tecnológicas aplicadas aos meios de comunicação, fruto da tenacidade de alguns “espíritos iluminados”, são os instrumentos, por excelência, que permitem ao ser humano encurtar a distância que o separa dos outros seres da sua espécie.
Com a escrita, passou a ser possível tomar conhecimento de factos presenciados ou relatos feitos por pessoas que viveram noutras épocas ou lugares. Pela primeira vez na história, o discurso pôde ser compreendido e analisado fora do contexto em que foi produzido. Segundo Lévy, "a comunicação puramente escrita elimina a mediação humana no contexto que adaptava ou traduzia as mensagens vindas de um outro tempo ou lugar".
Milhares de anos depois, o homem deparou-se com outras duas revoluções: a revolução da imprensa e a revolução do computador. Segundo alguns pensadores "esta passagem da cultura tribal para a cultura escrita/tipográfica foi uma transformação tão profunda para o indivíduo e para a sociedade, como está a ser a passagem da cultura escrita para a cultura electrónica, que actualmente vivenciamos".
Com a evolução das tecnologias de comunicação, o homem foi gradualmente evoluindo na sua forma de sociabilizar, pois os meios de comunicação permitiram uma maior aproximação entre si, dispensando a sua presença física. A evolução das novas formas de comunicar levou por arrasto a novas formas de socialização
Com a elaboração deste trabalho, pretende-se abordar a evolução dos meios de comunicação e as suas implicações no processo de socialização do Homem, com particular relevo para a actualidade, nomeadamente a Internet.
Pretende-se que este trabalho seja do agrado do leitor e que não sejam goradas as expectativas em relação às matérias abordadas.
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